15 a 30 de junho de 2013
Gás e pedras
A juventude vai para ágora
Manifestar suas ideias
A caminhada é longa de vários kms
E não estão acostumados
Os Helicópteros os rodeiam
Os jovens pedem calma,
Ninguém quer se machucar
Querem fazer parte da democracia
E ouvem a bossa nova:
Tem gás, tem bombas, lá no fim do caminho
Tudo se transformando em cacos de vidro
É a tarde de sábado de sol do mês de junho
É a violência do estado transformando meninos
É ardido, é sangue no rosto, é emoção de não ser ouvido
Não é alegria, não é submissão é o gosto agridoce
De manifestar solidário contra a opressão
É o risco de cair do viaduto e bater a cara no chão
São escudos e armas de fogo contra pedras e canções
E o saque do estado transformando em mansões
É a religiosidade do futebol contra toda nação
É colorido vulgar de um Brasão no belo horizonte
Abre se as cortinas:
A juventude despretensiosa de uma única voz
Iluminada pelo fogo da emoção e de injustiça
Marcha solidária pedindo a liberdade de expressão
E no fim suas vozes se calam a tamanha aniquilação
Desce a ambulância no meio de 200 mil pessoas
Os polícias assistem de dentro da universidade
Exaltam sua vaidade, derrubaram uma jovem no chão
Dizem: achamos que no meio da fumaça tem ladrões!!!
No meio da neblina abre-se um vão
Escudos brilhando, o choque, mais um jovem desmaiado
Tem um professor no governo e estudante no chão
O hospital esta seguro com guardas armados
Tem homens de branco, tem atropelados
Tem impunidade do outro lado
Basta! Pediam os jovens!
E o estado na inércia não quer opinião.
Carlos Eduardo