15 a 30 de junho de 2013
Gás e pedras
domingo, 29 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Absorvendo poemas
Almas mundo
TECER
Mundo almas
Palavras
Escrever
Versos
Os poemas
SURGEM
imortais
Palavras
AMANTES
verdadeiras
Escreva sobre o aço
Escreva mineiro solitário
Nas ruas de pedra e asfalto
Sujas de minério e arte
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Maria
Maria
Sorria nesta dia
Alimentando a sua vida
Das mais belas lembranças
Dos amigos adultos ou dos amigos crianças
Vá em frente em sua jornada
Esqueça as mitologias das fadas
Pois a realidade não é somente para os épicos
Que fingem intocáveis com suas amadas
O sol brilha para todos
E ilumina também seu rosto
Seu lábios declaram seus gostos
Para os belorizontinos ou para paulistanos
Parabéns nesta data
Você transcende o ouro e a prata
Pisando no minério das minas
Descobrindo as proveniências do ser
Siqueira
Sorria nesta dia
Alimentando a sua vida
Das mais belas lembranças
Dos amigos adultos ou dos amigos crianças
Vá em frente em sua jornada
Esqueça as mitologias das fadas
Pois a realidade não é somente para os épicos
Que fingem intocáveis com suas amadas
O sol brilha para todos
E ilumina também seu rosto
Seu lábios declaram seus gostos
Para os belorizontinos ou para paulistanos
Parabéns nesta data
Você transcende o ouro e a prata
Pisando no minério das minas
Descobrindo as proveniências do ser
Siqueira
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Inspiração
"Decidi trabalhar seriamente e reli tudo o que havia escrito, há seis meses, sobre as mulheres. Não parece muito ruim, mas está sendo difícil para mim voltar a escrever. Não consigo entender muito bem por que alguém deva escrever o que quer que seja. O vasto mundo se basta, não tem nenhuma necessidade de nossas palavras".
Simone de Beauvoir
(Carta a Nelson Algreen em 24 de maio de 1947)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Sem título
E será que realmente existe um sujeito que vai se transformando em algo que já não foi? Que deixa de ser seus outros? Eu prefiro vivê-los - no caso, vivê-las - em todas as suas disputas e dúvidas. Sendo uma, outra, todas. E procurando-me. Ora encontrando, quase sempre não. É o que me leva.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Recalque
Não tenho mais memória
Minhas lembranças se foram
Cansaram de minhas lamentações
E partiram sem dizer adeus
Recalcando minha self
Sigo com passos curtos
Dependente de meu inconsciente
Que atropela indiferente todo meu ser
Consumo meus pensamentos
O caos de minha ideias
Meus demônios e anjos
São meros atores desta farsa
Onde estão meus deuses?
Onde esta minha musa?
Não me lembro da ternura
Nem dos signos de outrora
Caminhos já se passaram em metáforas
Pedras não se formaram obstáculos
Somente estaquinou minha ignorância
A razão se transformou no ópio da alienação
Minhas lembranças se foram
Cansaram de minhas lamentações
E partiram sem dizer adeus
Recalcando minha self
Sigo com passos curtos
Dependente de meu inconsciente
Que atropela indiferente todo meu ser
Consumo meus pensamentos
O caos de minha ideias
Meus demônios e anjos
São meros atores desta farsa
Onde estão meus deuses?
Onde esta minha musa?
Não me lembro da ternura
Nem dos signos de outrora
Caminhos já se passaram em metáforas
Pedras não se formaram obstáculos
Somente estaquinou minha ignorância
A razão se transformou no ópio da alienação
Republicanismo
Os heróis viram criminosos
Ficam cheios de vaidades
Discutem a tortura e fazem
Desta uma forma lucrativa
Basta de golpes e de carnificina
Os Doutores pesquisam problemas
Das variadas perguntas mal feitas
Servem apenas de mais valia
Camarada, você morreu em vão
Serviu apenas de martírio
Virou uma construção de verdades
Em um momento de mentiras
Olhe o olho da fera
Profeta da burrice
Feliz de ser desalmada
Neste amor junta a agonia
Consuma a carne dos operários
Dos “inocentes” mestres do ensino
Fingindo que quer o bem para o bem
Mostrando ao mundo o militarismo
Não tenho preço
Não vendo a você minha alma
Não sou super-homem
Cale minha boca com um tiro!!!
Vomite suas frases de besta
De mulher cheia de mitos
Maquiavélica e ridícula
Morra em paz em seus conflitos...
Ficam cheios de vaidades
Discutem a tortura e fazem
Desta uma forma lucrativa
Basta de golpes e de carnificina
Os Doutores pesquisam problemas
Das variadas perguntas mal feitas
Servem apenas de mais valia
Camarada, você morreu em vão
Serviu apenas de martírio
Virou uma construção de verdades
Em um momento de mentiras
Olhe o olho da fera
Profeta da burrice
Feliz de ser desalmada
Neste amor junta a agonia
Consuma a carne dos operários
Dos “inocentes” mestres do ensino
Fingindo que quer o bem para o bem
Mostrando ao mundo o militarismo
Não tenho preço
Não vendo a você minha alma
Não sou super-homem
Cale minha boca com um tiro!!!
Vomite suas frases de besta
De mulher cheia de mitos
Maquiavélica e ridícula
Morra em paz em seus conflitos...
domingo, 15 de agosto de 2010
ACHAVA QUE NÃO PODIA SER MAGOADA
Achava que não podia ser magoada;
achava que com certeza era
imune ao sofrimento —
imune às dores do espírito
ou à agonia.
Meu mundo tinha o calor do sol de abril
Meus pensamentos, salpicados de verde e ouro.
Minha alma em êxtase, ainda assim
conheceu a dor suave e aguda que só o prazer
pode conter.
Minha alma planava sobre as gaivotas
que, ofegantes, tão alto se lançando,
lá no topo pareciam roçar suas asas
farfalhantes no teto azul
do céu.
(Como é frágil o coração humano —
um latejar, um frêmito —
um frágil, luzente instrumento
de cristal que chora
ou canta.)
Então de súbito meu mundo escureceu
E as trevas encobriram minha alegria.
Restou uma ausência triste e doída
Onde mãos sem cuidado tocaram
e destruíram
minha teia prateada de felicidade.
As mãos estacaram, atônitas.
Mãos que me amavam, choraram ao ver
os destroços do meu firma-
mento.
(Como é frágil o coração humano —
espelhado poço de pensamentos.
Tão profundo e trêmulo instrumento
de vidro, que canta
ou chora.)
(tradução de Mônica Magnani Monte)
achava que com certeza era
imune ao sofrimento —
imune às dores do espírito
ou à agonia.
Meu mundo tinha o calor do sol de abril
Meus pensamentos, salpicados de verde e ouro.
Minha alma em êxtase, ainda assim
conheceu a dor suave e aguda que só o prazer
pode conter.
Minha alma planava sobre as gaivotas
que, ofegantes, tão alto se lançando,
lá no topo pareciam roçar suas asas
farfalhantes no teto azul
do céu.
(Como é frágil o coração humano —
um latejar, um frêmito —
um frágil, luzente instrumento
de cristal que chora
ou canta.)
Então de súbito meu mundo escureceu
E as trevas encobriram minha alegria.
Restou uma ausência triste e doída
Onde mãos sem cuidado tocaram
e destruíram
minha teia prateada de felicidade.
As mãos estacaram, atônitas.
Mãos que me amavam, choraram ao ver
os destroços do meu firma-
mento.
(Como é frágil o coração humano —
espelhado poço de pensamentos.
Tão profundo e trêmulo instrumento
de vidro, que canta
ou chora.)
(tradução de Mônica Magnani Monte)
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Causos da terra,,,
Começa o dia resmungado, vomitando palavras e mostrando suas conclusões cheias de discriminação. As constantes brigas orais com a esposa o transformou em um ser débil e irracional. Emitia irritantes gritos enquanto dormia e a irritava o quanto podia. Durante o dia consumia grandes doses de bebidas alcoólicas misturando suas formas de entendimento do mundo com as alucinações provocadas pelos líquidos entorpecentes. Honesto poderia ser em seus negócios e com seus amigos de bar. Enquanto deixava sua esposa no desconforto de um lar em desarmonia com a paciência e a paz. Resumia o bem estar em cruzar suas pernas e pedir o garçom mais uma cerveja. Seus filhos o ignoravam pois nenhum deles conseguia ter um momento de conversa agradável.
Caminhando ou arrastando seus pés vinha de encontro aos seus fantasmas mais íntimos, patrão, mulheres, bebidas, seus pais. Desempregado, mas criativo, ganhava a vida em seu veículo de carga lembrando que o empregador passado era para ele um grande motivo de orgulho e o fato de ter sido despedido o provocava grandes frustrações. Enfrentava todas suas dificuldades com um copo na mão e deixava que a vida resolvesse o resto. Sua história foi traçada junta as mulheres da vida e desrespeitava sua mulher no lar como podia. Achava que todas as mulheres eram meros ornamentos privados de liberdade e estáticas no ambiente domestico.
Metido em uma cama inerte sonhando acordado em seus tormentos vegetava aos olhares despercebidos dos passantes. Varias camas e um som de espera pela morte agonizava naquele momento. O lugar parecia um purgatório onde transavam homens de branco cheios de status sem os ter e infelizes precisando de ajuda. Onde estava os mitos que o acompanhavam desde o berço? onde estava os deuses, anjos? Onde estava as drogas? Queria se desligar e partir sem dor e sem medo. Basta desta tortura cheia de carnificina e demência e agora não teria nem escolha de morrer em paz.
Paz, foi algo que nunca ofereceu com quem dividia espaço e agora jaz como indigente e um ser completamente animal. O conforto de sua família? Todos partiram com suas frustrações aos lugares ilustres ou nebulosos, para cada um sua sorte, suas personalidades o levaram a suas posições sociais. Mas o homem jaz como coisa, como sempre foi tratado pela sociedade manarquica eclisiastica, federativa e a mulher como complemento maldito de toda esta fera que consome medilcrimente as coisas da terra.
Caminhando ou arrastando seus pés vinha de encontro aos seus fantasmas mais íntimos, patrão, mulheres, bebidas, seus pais. Desempregado, mas criativo, ganhava a vida em seu veículo de carga lembrando que o empregador passado era para ele um grande motivo de orgulho e o fato de ter sido despedido o provocava grandes frustrações. Enfrentava todas suas dificuldades com um copo na mão e deixava que a vida resolvesse o resto. Sua história foi traçada junta as mulheres da vida e desrespeitava sua mulher no lar como podia. Achava que todas as mulheres eram meros ornamentos privados de liberdade e estáticas no ambiente domestico.
Metido em uma cama inerte sonhando acordado em seus tormentos vegetava aos olhares despercebidos dos passantes. Varias camas e um som de espera pela morte agonizava naquele momento. O lugar parecia um purgatório onde transavam homens de branco cheios de status sem os ter e infelizes precisando de ajuda. Onde estava os mitos que o acompanhavam desde o berço? onde estava os deuses, anjos? Onde estava as drogas? Queria se desligar e partir sem dor e sem medo. Basta desta tortura cheia de carnificina e demência e agora não teria nem escolha de morrer em paz.
Paz, foi algo que nunca ofereceu com quem dividia espaço e agora jaz como indigente e um ser completamente animal. O conforto de sua família? Todos partiram com suas frustrações aos lugares ilustres ou nebulosos, para cada um sua sorte, suas personalidades o levaram a suas posições sociais. Mas o homem jaz como coisa, como sempre foi tratado pela sociedade manarquica eclisiastica, federativa e a mulher como complemento maldito de toda esta fera que consome medilcrimente as coisas da terra.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles
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