sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Poema para livre poetiza

Não se canse


Os versos presos são
Coesos gritos abafados
São Mitos desconhecidos


Não se prenda

Sinta devagar o exílio, quer
Abandonar seus versos tortos?
Quer o inverso da liberdade?


Siga devagar

Caminhe nesta noite farta
Ouça o silêncio e o nada
Deixe na terra as suas pegadas

Anjos da Morte

Ouço a canção triste
Existem muitas Cicatrizes
Cartezes de um mundo horrível
Fiel ao viés da justiça


O Egoista libera as suas fezes
Preces de admirador embreagado
Enganado por ideais falidos
Sentidos mostro-pisicologicos

Hipocrisia, animia das almas
Palmas aos atores desta farsa
cansei
e fiz da palavra minha prisioneira

amuada, ela perdeu toda a sua malícia
seu ardil

entediada, brinquei com os mesmos sentidos
troquei acento
neologismei

e entendi:
palavra não tem dono
foi feita pra andar solta por aí
é de ninguém
é do mundo
arnaldo


atrai até si

o inseto que se

distrai


quanto menos

dele dista, mais

o hipnotiza


quando, imprevista, dispara

sua língua-raio para

(adesiva) capturá-lo


e o engole

antes mesmo

de matá-lo


minha

companhia

de trabalho



antunes

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Atue no mundo dos atores

Atue no mundo dos atores


O palco é para o ator
ofereça a mulher uma flor
tranformando a vida sem dor
Inventando a palavra amor


Não negligencie o existir
Aprenda o melhor jeito de sorrir
Evitando as formulas de reprimir
libertando os versos antes de dormir


Carlos Eduardo Siqueira Rocha