quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Recalque

Não tenho mais memória
Minhas lembranças se foram
Cansaram de minhas lamentações
E partiram sem dizer adeus

Recalcando minha self
Sigo com passos curtos
Dependente de meu inconsciente
Que atropela indiferente todo meu ser

Consumo meus pensamentos
O caos de minha ideias
Meus demônios e anjos
São meros atores desta farsa

Onde estão meus deuses?
Onde esta minha musa?
Não me lembro da ternura
Nem dos signos de outrora

Caminhos já se passaram em metáforas
Pedras não se formaram obstáculos
Somente estaquinou minha ignorância
A razão se transformou no ópio da alienação

Republicanismo

Os heróis viram criminosos
Ficam cheios de vaidades
Discutem a tortura e fazem
Desta uma forma lucrativa

Basta de golpes e de carnificina
Os Doutores pesquisam problemas
Das variadas perguntas mal feitas
Servem apenas de mais valia

Camarada, você morreu em vão
Serviu apenas de martírio
Virou uma construção de verdades
Em um momento de mentiras


Olhe o olho da fera
Profeta da burrice
Feliz de ser desalmada
Neste amor junta a agonia

Consuma a carne dos operários
Dos “inocentes” mestres do ensino
Fingindo que quer o bem para o bem
Mostrando ao mundo o militarismo

Não tenho preço
Não vendo a você minha alma
Não sou super-homem
Cale minha boca com um tiro!!!


Vomite suas frases de besta
De mulher cheia de mitos
Maquiavélica e ridícula
Morra em paz em seus conflitos...