sexta-feira, 30 de abril de 2010

Deus é um intelectual

O que mais importa são as mãos
depois o cerebro e a recordação
Logo se escreve com os pés
E o poder segue o mesmo viés


Conheço o DNA e desconsidere o ser
seja consumido com desejo de ter
O ambiente não tem o mesmo cheiro
Modificarão a formula do desejo


Ha ha ha! Não ria agora!!
A chuva de ácido cai lá fora
O amor dorme no cerebelo
e agente ainda acha tudo belo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

dançando no escuto...

É a luta da mãe, da mulher, Lars Von Trier usa esta personagem, posteriormente volta ao tema em “Dogville”, “Manderlay” e em breve com “Washington”, para tratar da luta feminina no universo machista, a intolerância, símbolo do capitalismo, o abuso do sexo masculino com o sexo dito frágil, se aproveitar da fragilidade da mulher, a supremacia do sexo masculino perante o feminino. O uso da força quando o diálogo se esgota. Nada mais atual.

domingo, 11 de abril de 2010

Milenarmente a maçã é o mais conhecido símbolo para representar a discórdia, o perigo, o proibido, a quebra de tabus... É também um dos símbolos escolhidos para demonstrar o perigo que as mulheres representam para a sociedade. Nossa escolha por “Má-sãs” Podres é devido ao poder de destruição que o símbolo representa. Aos nossos olhos, tanto na mitologia, nas histórias infantis, na religião cristã a idéia da maçã é usada como metáfora ideológica favorável à dominação masculina. Como qualquer MAÇÃ PODRE, nossa intenção é de contaminar o pomar por completo. O nosso interesse é seduzir as mentes das jovens que ainda possuem coragem de se manterem sãs e apodrecer com esta sociedade machista. Mulheres que não desejam ser “moças bem-comportadas” criadas para serem princesinhas do pai, rainhas de algum lar, unicamente esposas/mães zelosas, ou Barbies acéfalas do desejo masculino. Apesar de uma maçã, em média, possuir 64 calorias para cada 100g, uma MAÇÃ PODRE é um perigo para qualquer cesto ou sociedade, pois seu efeito é mais letal para o patriarcado do capital do que qualquer bomba laranja. A MAÇÃ PODRE é o nosso símbolo de transgressão. Representa nossa luta pela transformação. Revalorizamos o conceito de podre e da maçã, assim como desejamos revalorizar os conceitos de mulher e os objetivos da luta feminista. Do fruto podre surge a semente para nova árvore do conhecimento. E não esperem de nós nada aquém da plena Emancipação Feminina e Humana. Mordam do fruto e provem que nunca existiu o paraíso, mas que ao menos exigimos a construção de um outro mundo. Viva a Luta Feminista!

http://nucleogenerosb.blogspot.com/2010/03/por-um-8-de-marco-contra-o-femicidio.html?zx=787a9b4ca83d0652
LUTO...
Contra os + de 3.600 casos de estupro por hora no mundo
Por todas mulheres mortas este ano em Pernambuco....
Contra o eterno roubo imposto ao nosso útero...
LUTO!

LUTO...
Para que jamais sejam esquecidos os insultos
Para que os sonhos feministas não sejam nulos...
Por cada segundo que deixe os homens menos imundos...
LUTO!

LUTO...
Contra a violência estética e este Estado absurdo
Para que todas as mulheres não tornem-se mais números
Contra todos os abusos e por tudo que amo de + humano em tudo...
LUTO!

Poema: Patrick Monteiro


em sua homenagem

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dúplice


Poema De Sete Faces

(1960)

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
Pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos não perguntam nada.

O Homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Meu carnaval chegou...

Eu quero é botar meu bloco na rua

(Sérgio Sampaio)


Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero todo mundo nesse carnaval...

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

domingo, 4 de abril de 2010

bla bla

Como mais um pedaço simbólico
Vejo mais uma ser diabólico
Rastejam golpeados no chão


As varias formas da mutação
E todos cantam a mesma canção
pintando os versos no lirismo


Eles vão acreditando que tudo acaba com ismo
Iluminismo, fascismo, nazismo, santíssimo
Mais um gole de minha ignorância

Tudo começa na infância
E termina com uma substância

Deus pagão

Surge a imagem da guerra
Brilha o sol no mundo da irá
Psique!! O sonho de nova era

Basta!!! Loucuras das feras
A memória se desfaz no tempo
Encoberta por grandes quantias de terra